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"Com o desfecho da disputa pela guarda do filho, ele começou a ter condutas agressivas", diz delegado sobre caso da mulher morta pelo ex-companheiro

Foto: Reprodução

Alan Rodrigues assumiu a autoria do feminicídio em postagem nas redes sociais.

Alan Rodrigues, 26 anos, autor dos disparos que mataram Paola Muller, de 32 anos, em São Francisco de Assis, confessou o crime e expôs o que o motivou. Segundo o delegado Marcelo Batista, responsável pelas investigações, após o desfecho da guarda do filho do casal, o homem passou a ter condutas agressivas em relação a Paola. Na semana anterior ao crime, Alan tentou entrar na casa dela. Na ocasião medidas protetivas foram concedidas. No programa F5, da Rádio CDN 93.5 FM, o delegado trouxe novas informações sobre o caso em entrevista ao jornalista Deni Zolin. 

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Confira a entrevista abaixo:

Deni Zolin: A vítima, em um primeiro momento, foi alvejada por seis disparos de fogo, certo?

Delegado Batista: Ele portava um revólver calibre 38. Ele sacou, descarregou o revólver no primeiro momento, depois parou, recarregou o revólver, e foi em busca da vítima novamente, encontrando ela no hospital e realizando mais seis disparos. Ao total foram 12 disparos de arma de fogo. Somente ela ficou ferida, inclusive, isso vai ser até mesmo tema da nossa investigação, para verificar se aquela pessoa que estava auxiliando a vítima, também sofreu, de repente, uma tentativa de homicídio. Por óbvio, nem todos os disparos acertaram a vítima, mas somente ela foi alvejada. Ela chegou no hospital consciente e conversando, e depois da segunda sessão de tiros, já não respondia mais.




Deni Zolin: Como foi para chegar no criminoso?

Delegado Batista: O crime foi por volta das 12h10min, no intervalo do almoço, momento que ela chegava do trabalho. Ela vai almoçar em casa, e ela estava se deslocando para sua residência, para fazer sua refeição, ele abordou próximo à casa. Nós, a Brigada Militar e a Polícia Civil, ficamos o dia todo em busca do suspeito, procurando indícios de onde ele pudesse estar. Ele se escondeu o dia todo nos matos, e à noite estava voltando para sua residência, momento em que foi preso. 




Deni Zolin: Como foi o interrogatório?

Delegado Batista: Ele confessou o crime e expôs a sua motivação, que era a disputa da guarda do filho. Essa era a motivação, porque eles já estavam separados há aproximadamente dois anos, não havia um relacionamento amoroso entre eles. O que havia entre eles era relacionado ao filho, que ora ficava com o pai, ora com a mãe. Eles entraram num litígio judicial em busca da guarda do filho, e na última semana teve um desfecho de que a guarda que, oficialmente, passou para a mãe, e que o pai teria direito a cada 15 dias visitas. Como ele tinha um convívio diário com o filho, ele ficou desiludido com essa situação, e partir daí, ele começou a ter condutas agressivas com relação a ela. De quarta para quinta, ele tentou entrar na casa da vítima forçando a porta, acabou até quebrando o vidro. Esse foi o fato que gerou o registro de ocorrência, que resultou na concessão das medidas protetivas.




Deni Zolin: Nesses casos, é cogitada a possibilidade de instalar tornozeleiras em São Francisco. Isso é possível?

Delegado Batista: Nesse caso, foi até feita essa possibilidade por parte do Judiciário, mas foi entendido que como o agressor trabalhava de telemoto, ele poderia transitar na cidade, de alguma forma. Então, achou desnecessário usar a tornozeleira eletrônica. Ela trabalhava numa farmácia no centro, então, eles iam se encontrar ou chegar numa proximidade que, provavelmente, a tornozeleira não ia ser tão eficaz. Foi cogitada, mas no interior, ela não é tão usada, tanto que em São Francisco de Assis nós não temos nenhuma tornozeleira ativa. 

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